quinta-feira, 25 de agosto de 2011

MOMENTO DE REFLEXÃO

O INTELIGENTE E O SÁBIO!

Conta-se que no século passado um turista americano foi à cidade do Cairo no Egito com o objetivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros.
As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! Surpreendeu-se o turista. Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também... - concluiu o sábio.

"A vida na Terra é somente uma passagem...
No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e esquecem-se de ser felizes."



Pensamento - Santastica Nativação

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Viagem a Lisboa - Portugal - Ago/2011



Trabalho e Diversão!

Pat Escobar, Anna Escobar e grandes amigos!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Applauzo - Eles Não Usam Black - Tie

Direção: Dan Rosseto



Dramaturgia Belissima de Guarnieri e um grande espetáculo.

Vale a pena conferir esta grande produção.

Teatro é Fundamental

Policarpo Quaresma & Antunes Filho







Critica do espetáculo Policarpo Quaresma




Construção do CPT de Antunes Filho, com base na literatura: “O Triste Fim de Policarpo Quaresma”, do Mulato Lima Barreto.
Lima Barreto que foi injustiçado como muitas personalidades deste país, por conta da pobreza, do fim de uma escravatura que não incluía os negros em sua sociedade e sim aniquilava-os jogando ao relento, pois, o que fazer com uma liberdade, senão tem como empregá-la de fato? Ou seja, é um escravo da hipocrisia social, vivendo a utopia da liberdade.
Falando do espetáculo do CPT – Antunes Filho:
Policarpo Quaresma é um espetáculo atemporal, construído, dirigido e interpretado de forma magistral por Antunes Filho e sua trupe, onde o palco é desnudo, e o ator é o único foco a ser contemplado, dentro do todo. Trabalho vocal e corporal magnífico dos atores. A personagem Major Quaresma, escrito pelo grandioso Lima Barreto é um homem a frente de seu tempo, que acredita em sociedade igualitária, que acredita no poder da natureza, que acredita no homem, enfim, seria uma utopia? Seria Inocência? Algo a se refletir. Este espetáculo que faz parte da trilogia do CPT de Antunes, que nos trouxe antes, A Falecida Vapt-Vupt e Lamartine Babo.
O espetáculo nasceu do romance de Lima Barreto O Triste Fim de Policarpo Quaresma que foi publicado 1911, no qual o Policarpo é uma caricatura do genial Dom Quixote, onde é colocado que para ser bom e alegre é preciso ser muito maluco, pois existe uma sociedade de corruptos, ladrões, mal-intencionados, e por aí vai. “Então que contemplemos o riso e o ridículo...”. Um misto de patriotismo e entrega absoluta, contra uma ditadura invejosa criada por déspotas da sociedade naquele momento.
O Major Quaresma interpretado magistralmente pelo ator Lee Thalor, é um exemplo para reflexão, pois, é proposto o resgate as origens, à volta a natureza, no qual se esquecemos nos dias de hoje, pois a tecnologia não veio para excluir nada e sim para somar e fundamentar a nossa origem.
Menção honrosa aos personagens construídos e a atuação sensacional de Geraldo Mário, o ator mais antigo de Antunes Filho.

Policarpo Quaresma de Lima Barreto com direção do mago Antunes Filho, uma produção do CPT, juntamente com o SESC Anchieta e a rede SESC São Paulo. Vale apena conferir, pois cada vez mais o teatro necessita de espetáculos de intensa pesquisa e extrema qualidade.







Emerson Natividade
Jornalista, Ator e Dramaturgo
Nota


Lamartine Babo - (Espetáculo de Antunes Filho).


Um belo espetáculo que nos trás o suingue carioca, com muita malicia e perspicácia. É como se Nelson Rodrigues estivesse entre nós. Texto escrito pelo Mago Antunes Filho (Seria a primeira Dramaturgia?) e a primeira direção de um espetáculo no CPT, de Emerson Danesi, ambos estão de parabéns, além é claro, do belo trabalho do grande elenco.





Emerson Natividade

Jornalista, Ator e Dramaturgo

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Doze Homens e Uma Sentença.




Critica





Espetáculo Teatral:

Doze Homens e Uma Sentença


A peça Doze Homens e Uma Sentença está em cartaz em São Paulo, no Centro Cultural Banco do Brasil e depois irá para o Teatro Imprensa.
O Texto foi escrito pelo norte-americano Reginald Rose, tendo como destino o seriado de TV, mais três anos depois foi transformado em roteiro de cinema por Henry Fonda, que produziu e atuou no filme e convidou Sidney Lumet para realizar a sua primeira direção em cinema. Mas somente em 1963 esse texto magnífico foi encenado teatralmente.
Doze Homens e Uma Sentença trazem uma história de tribunal, no caso tribunal norte-americano, pois, fazendo um paralelo ou uma reflexão, se falarmos da nossa justiça: a justiça brasileira que se baseia na francesa, assim como em uma série de coisas que são baseadas ou reproduzidas em cima da jurisprudência francesa, ou seja, falando de hoje, ainda copiamos questões, desta vez o jeito americano de ser. Voltando a peça, doze homens procuram ponderar a melhor solução para o veredito final de um caso policial, revelando o jeito humano de ser, doze pessoas discutem, brigam, mostram seus pontos de vista, enfim, se digladiam em busca de uma sentença para o caso, pois a pessoa acusada é um homem em processo de mocidade. O espetáculo nos direciona fortes emoções. Direção perspicaz de Eduardo Tolentino, com interpretações primorosas de todo elenco, liderados por Norival Rizzo (De volta aos palcos...), Genézio de Barros (Na próxima temporada será substituído por Zé Carlos Machado, = novela) e José Renato (A História viva do Teatro Brasileiro). José Renato 84 anos, há muito tempo não atua como ator, no entanto mostra muita categoria e versatilidade, e sem perder a majestade que lhe é peculiar. José Renato que é considerado com justiça um dos magos do teatro nacional como diretor, mostrando magia como ator. Vale à pena prestigiar!
O excelente elenco de Doze Homens e Uma Sentença também conta com a presença dos atores: Augusto César, André Garolli, Brian Penido, Eduardo Semerjian, Fernando Medeiros, Ivo Muller, Marcelo Pacifico, Oswaldo Mendes, Riba Carlovich e Ricardo Dantas. Com cenário e figurinos impecáveis de Lola Tolentino (mãe de Eduardo Tolentino) em excelente tradução de Ivo Barroso.
Espero que o maior número de pessoas possa ver esse trabalho artístico, pois, não é sempre vemos um espetáculo teatral de tamanha qualidade. A peça estreou dia 19/11/2010.
Confira!!!




Emerson Natividade
Ator/Jornalista e Dramaturgo
Assistido dia 19/12/2010.

Comédia: O Mentiroso








Critica

Espetáculo: O Mentiroso



Texto: Carlo Goldoni
Companhia: Commune Coletivo Teatral





O Commune Coletivo nos traz uma comédia de Carlo Goldoni. Uma comédia “rasgada”, que nos leva a um mundo de imagens e contos que representam a nossa história. Uma reflexão pode ser feita: Falamos do gênero Comédia no Teatro Universal. A Comédia Dell Arte está bem representada por Augusto Marin e sua trupe. Com belo trabalho de todo o elenco, o espetáculo O Mentiroso traz através das personagens um repertório de brincadeiras, que são plantadas pelas mentiras e ilusões, trazidas pelos acontecimentos da vida. O personagem Lélio, inventa pessoas que não existem. Já a personagem Dom Asdrúbal inventa ter se casado com Brisoneide, filha de Dom Policarpo. De repente ele manda carta para um sogro imaginário e uma esposa que não existe, descoberto pelo patriarca Pantaleão Bisognosi. Linguagem figurativa, que de forma descontraída e alegre nos leva a pensar.
Com magnífico trabalho do ator Carlos Capeletti que faz o Arlequim/Arlecchino. Figura celebre da Comédia Dell Arte e do imaginário teatral. Destacando também as excelentes atuações da grande Eliane Rossetto e da mocinha interpretada por Fernanda Mitaini.
O espetáculo caminha no limite do divertimento e da exaustão de proposta cênica. Pouco refletimos a priori? Não! Muito pelo contrário, o espetáculo também traz uma mensagem de conscientização humana. O que nos leva a pensar: Qual a gravidade de uma mentira? Afinal, todos nós mentimos? O que seria a ilusão de ter algo, a principio inatingível? Ou como diria Renato Russo: “O mundo é daquele que sabe mentir...” Será?
Muitas interrogações reflexivas deixa o espetáculo, função primordial para o teatro de hoje, que pensa em diversão sem reflexão.
O Mentiroso mostra que podemos nos divertir e refletir, e como tudo isso é importante para o ser pensante e para o Teatro, que sofre com a falta dele próprio muitas vez.
O espetáculo: O Mentiroso vale a pena ser acompanhado de perto no Teatro Commune. Espetáculo que estreou no ultimo dia 15 de Janeiro de 2011.




Emerson Natividade
Ator/Jornalista e Dramaturgo
Assistido dia 07/02/2011.