quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Nucleo Caboclinhas





Critica




Espetáculo Teatral: Contando Causos – (Baseado em livro de Rolando Boldrin).



Contando Causos, baseado no livro Homônimo de Rolando Boldrin, é um espetáculo leve, puro e surpreendente, vivenciado pelo Núcleo Caboclinhas, que trazem um trabalho de pesquisa artesanal de tipos sertanejos originalmente brasileiros, por traz de cada ser estereotipado se apresenta um ser verdadeiro na sua essência, e assim sendo, visualizamos um latifúndio de pureza. Todos genuinamente brasileiros. As Mulheres que compõem um elenco feminino de muito talento (Geni Cavalcante, Luciana Silveira, Marina Fossa, Viviane Victtorin e Ligia Fossa), trazem o homem sertanejo, as mulheres do cotidiano de vilarejos afastados, um menino maravilhosamente construído pela atriz e produtora Luciana Silveira, á melodia maravilhosa do violão de Zé Modesto e mais uma direção afinadíssima e delicadíssima de Ana Wuo.
O Núcleo Caboclinhas, além de um espetáculo teatral, traz a magia da tipografia brasileira, escondida dentro dos arquétipos artísticos, que fazem moradas no humano, trazem o exercício do fazer teatral, num trabalho milimetricamente intuitivo e criativo. A melodia do som instrumental alimenta os Causos Contados e vivenciados pelo elenco do Núcleo Caboclinhas. Geni Cavalcante esplendidamente puxa o coro. É, vamos tirar o Brasil da gaveta!
O Trabalho do Núcleo Caboclinhas deve ser acompanhado de perto, pois proporciona o reencontro as raízes e um êxtase de muitas “risadas”.




Emerson Natividade
Jornalista, Ator, Dramaturgo, Roteirista, Diretor Teatral, Professor e Poeta.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Brecht - Santa Joana em foco...


Critica




Espetáculo: Santa Joana dos Matadouros de Bertold Brecht.




Santa Joana dos Matadouros de Bertold Brecht com direção do histórico José Renato, que foi fundador do Teatro Arena e representa à singela e independente história do Teatro Brasileiro. José Renato que é um dos maiores diretores do Teatro, ele, nos traz Brecht de forma especial e interessante. José Renato nos trás um espetáculo musical com várias linguagens e atores com química cênica, linguagem a temporal, e ao mesmo tempo, fiel a época. Santa Joana dos Matadouros é um texto extremamente dramático e poético, traz a problemática da economia universal, no inicio do século XX, focando a cidade de Chicago nos Estados Unidos. Podemos considerar esse texto absolutamente atual, pois o sistema capitalista aponta tais problemáticas. Dentro de uma dialética proposta, mostra a vulnerabilidade do mercado econômico da época, aos olhos da sociedade. Sendo que a cobiça humana, que se apresenta de várias maneiras, principalmente através da vaidade, do orgulho e do egoísmo, põe certas questões sociais em risco. Mostrando que o capital, naquele instante era muito exigido, tanto que quem tinha queria mais, e quem pouco tinha, não tinha nada. Questão levantada naquele instante, que vivemos até os dias de hoje.


À personagem Jack Pierpoint, bem interpretada pelo ator Alexandre Krug, considerado o “rei da carne” em Chicago, busca colecionar lucros, e jogar o prejuízo nas costas de seu invigilante sócio Ambrósio interpretado pelo ator João Ribeiro, que também é assistente de direção, sendo assim, entram em negociação com os Chapéus Negros, pois, ficaram sabendo por amigos que em Nova York a carne sofre terrível queda. Com o desemprego em massa, aparece, a frente do exercito da salvação (Chapéus Negros), Joana, interpretada pela atriz Érika Coracini, sendo que visualizamos o encontro da necessária inocência com a estúpida ganância.


Brecht nos mostra através desta história a necessidade de mudança, do estado e do homem, além de um sistema falido. Um estado não interessado em observar o quanto oprimimos um ao outro. Cada homem pensando apenas em si, e esquecendo o coletivo.


É apresentado um texto elucidativo, que contém dezessete personagens, que buscam resolver seus problemas diante de uma crise que assola a todos. Enredo propício aos dias de hoje.



Vale a pena ser conferido!








Emerson Natividade
Jornalista, Ator, Diretor Teatral e Dramaturgo


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Texto de Psicologia

O Conceito de aprendizagem


A aprendizagem no seu todo encarada como ação educativa tem como finalidade ajudar a desenvolver nos indivíduos as capacidades que os tornem capazes de estabelecer uma relação pessoal com o meio em que vivem (físico e humano), servindo-se para este efeito, das suas estruturas sensório-motoras, cognitivas, afetivas e lingüísticas.

A aprendizagem está inevitavelmente ligada à História do Homem, à sua construção enquanto ser social com capacidade de adaptação a novas situações. Desde sempre se ensinou e aprendeu, de forma mais ou menos elaborada e organizada, já antes do início deste século existiam explicações para a aprendizagem, mas o seu estudo está intimamente ligado ao desenvolvimento da Psicologia enquanto ciência. Contudo, este estudo não se processou de forma uniforme e concordante.

O estudo da aprendizagem centrou-se em aspectos diferentes, de acordo com as diversas correntes da Psicologia, e com as diferentes perspectivas que cada uma defendia.

Destas teorias as que adquiriram maior relevo foram:

• As comportamentalistas (behavioristas) - a aprendizagem é vista como a aquisição de comportamentos expressos, através de relações mais ou menos mecânicas entre um estímulo e uma resposta, sendo o sujeito relativamente passivo neste processo;
• As cognitivistas – a aprendizagem é entendida como um processo dinâmico de codificação, processamento e recodificação da informação. O estudo da aprendizagem centra-se nos processos cognitivos que permitem estas operações e nas condições contextuais que as facilitam. O indivíduo é visto como um ser que interage com o meio e é graças a essa interação que aprende;
• As humanistas - a aprendizagem baseia-se essencialmente no caráter único e pessoal do sujeito que aprende, em função das suas experiências únicas e pessoais. O sujeito que aprende tem um papel ativo neste processo, mas a aprendizagem é vista muitas vezes como algo espontâneo.
Estas diferentes perspectivas sobre a aprendizagem conduziram a diferentes abordagens e conceitos. No entanto, estas diferenças não devem ser encaradas como um problema, mas antes como uma vantagem, já que possibilita uma visão mais abrangente, não reduzindo a explicação da diversidade deste processo a uma única teoria.

Atualmente a aprendizagem é vista como um processo dinâmico e ativo, em que os indivíduos não são simples receptores passivos, mas sim processadores ativos da informação. Todos os indivíduos à sua maneira e tendo em conta as suas características pessoais são capazes de “aprender a aprender”, isto é, capazes de encontrar respostas para situações ou problemas, quer mobilizando conhecimento de experiências anteriores em situações idênticas quer projetando no futuro uma “idéia” ou “solução” que temos no presente, interagimos com os estímulos (situações e problemas) de uma forma pessoal.

Critica da Cia Estável

O Homem e o Cavalo


Espetáculo da Companhia Estável de Teatro.

Espaço: Arsenal da Esperança – Metrô Bresser / Bairro da Mooca - SP

5ª Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas – São Paulo – Brasil

A Companhia Estável traz um espetáculo que abrange várias linguagens teatrais e artísticas, como o teatro musical, o teatro narrativo, o teatro naturalista, o teatro realista, arcabouços das artes plásticas, entre outras. O Homem e o Cavalo trás a animalização e o zoomorfismo. O Homem e o Cavalo aborda a situação do cidadão a margem da sociedade, que busca uma forma de viver, muitas vezes com nenhum recurso material, mais muitos não perdem a esperança e a fé em um dia melhor. Muitos sobrevivem diante a triste realidade. Crianças sem ter o que comer, sem ter o que vestir e mais, o preconceito, a violência, o roubo, a discriminação, entre outros. “Vagando com pernas e idéias imprecisas, chegamos do trote pro galope”.

O Espetáculo começa com um cidadão brasileiro, que poderia ser chamado de João ou José, como vários existem por este País, que precisa de um RG para adentrar a uma instituição publica, passando por cenas de manifestação popular, bebedeira, violência sexual, roubo e agressão a um deficiente físico. Tudo acontecendo de forma itinerante, ou seja, em vários ambientes, conseqüentemente em cenários diferenciados. Depois seguindo a um palco-arena, várias situações cotidianas acontecem desde o emprego a garis, empresário, jovem de piercing, noiva querendo casar, entre outros. Além do que, depoimentos gravados de moradores do Albergue Arsenal da Esperança. Encontramos variados arquétipos sociais. O que nos faz constatar que o espetáculo tem uma linha bastante realista, onde os excluídos sociais são o foco. O que é claramente perceptível, o sistema político social vivenciado, não é adequado, pois, é preciso que todos tenham uma oportunidade, questão que não é possível ser conquistada no atual sistema.

Um espetáculo magnífico que trás os problemas da sociedade brasileira, interpretado por atores excelentes (Daniela Giampietro, Maria Carolina Dressler, Nei Gomes, Osvaldo Hortencio, Osvaldo Pinheiro e Sandra Santanna) e uma direção precisa por parte de Andressa Ferrarezi. Uma dramaturgia interessante e afinada com o contexto proposto. Por fim, um todo muito bem executado.


16/11/2010

Emerson Natividade
Jornalista, Ator, Dramaturgo, Roteirista e Diretor Teatral.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Novo Espetáculo: Menestrel e Menesatoa



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NATIVAÇÃO
GRUPO DE PESQUISA
TEATRAL



Projeto O Menestrel



Performace de dois clowns e Contação de Histórias



Sinopse



O Menestrel é um texto performático que contem mensagens fortes que buscam o desenvolver e a reflexão interior do individuo sobre os aspectos fundamentais da vida. O sentimento e o intelecto caminham em perfeita harmonia. A verdade sentimental se faz mais necessária neste contexto. Contrapondo o arquétipo já conhecido nos dias de hoje, que trás a personagem Menesatoa.


Ficha Técnica


Criação e orientação dramatúrgica: Emerson Natividade
Direção Geral: Emerson Natividade
Menestrel: Emerson Natividade
Menesatoa: Narah Neckis
Maquiagem e adereços: Narah Neckis
Figurinos que foram confeccionados: Zaza – (costureira) e Narah Neckis.
Figurinos criação: Emerson Natividade e Narah Neckis
Cenário – criação: Emerson Natividade


*****&*****
NATIVAÇÃO
GRUPO DE PESQUISA
TEATRAL


Grupo Nativação Pesquisa Teatral

Para contratação do trabalho: Contato – Emerson Natividade
Fones: (11) 9760 – 7441
Site: http://www.nativacao.com.br/

Vida Real Pode Virar Arte...

Olá Companheiros da Luta Artistica,


Somos todos cidadãos, e como cidadãos não podemos deixar passar o que está acontecendo no municipio de São Paulo, segue abaixo uma critica de um fato presenciado.



O Povo Reivindicando o que é Direito.



Presenciei hoje às quatorze horas, em frente a Câmara Municipal, uma manifestação do movimento FLM (Frente de Luta por Moradia). Eles reivindicavam um plano de Moradia para os trabalhadores de baixo escalão, pois, o Governo Municipal em São Paulo, não tem investido nem um pouco na Moradia para os cidadãos de baixa renda, segundo eles. Eles reivindicavam Melhorias nos setores de habitação, saúde e trabalho.
Segundo um dos lideres: “Não somos vagabundos, somos cidadãos e necessitamos de uma Moradia digna, saúde para as pessoas e trabalho honesto para que não pareçamos mendigos...”. Outro disse: “Chega de hipocrisia, não podemos agir como aqueles que não movem uma palha para salvar as crianças abandonadas das ruas ou que morrem de fome ou de doenças nos bolsões de pobreza”.
Os manifestantes pediram a atenção dos Poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário, da Imprensa (que não estava presente), Religiosos, órgãos de Segurança, Homens e Mulheres de Bem, Poderes Públicos Federais, Estaduais e Municipais, para que entendam que o que é reivindicado é de direito.
A convocação é para que a Lei, art. 1275, inciso III do Código Civil da Constituição Federal seja cumprida. E alguns lugares na cidade que estão abandonados como o Prédio e Terreno do INSS, na Av. Nove de Julho, Edifício Prestes Maia, 911 e as Av. São João, 588 e Ipiranga, 905, sejam utilizados, assim acolhendo a população de baixa renda.
Acredito que a reivindicação é muito justa, pois, cada vez mais vemos no nosso município, um descaso, com a Saúde, Educação, Cultura, Habitação, Saneamento Básico, Segurança e Limpeza da Cidade. Que são questões básicas para que convivamos como cidadãos dignos, perante uma sociedade que não nos oferece nada, a não ser a desigualdade social e a violência. Violência essa, que é gerada pelo descalço para com a população em todos os sentidos, dos órgãos públicos. Citando o Governo Municipal da Cidade de São Paulo, agora se falarmos no Governo do Estado, as questões não mudam muito, somente pioram. Esperamos que com um novo Presidente, ou melhor, Presidenta, estas questões caminhem, ou seja, tem que perceber onde se deve dar o peixe e onde se deve ensinar a pescar.
Mas uma coisa é certa, é importante que o Povo reivindique aquilo que lhe é direito, que é o direito de ser Cidadão. A Liberdade de Expressão é Importante, e não podemos nos calar perante a opressão, vivemos um momento social democrático.


São Paulo 11 de novembro de 2010.

Ass.: Emerson Natividade
Ator/Jornalista/Dramaturgo/Roteirista e Diretor Teatral